terça-feira, 30 de novembro de 2010

Hyakka Ryouran Samurai Girls

"Um país lindo, o Grande Japão.
Contudo, há horas que a beleza pode ser um pecado.
Outras nações poderosas, que invejam a beleza do Grande Japão, freqüentemente tentam tomar posse dele e o tem invadido inúmeras vezes.
A maléfica, demoníaca, frota armada invasora estava se aproximando...
O Grande Japão estava em perigo.
Mas aquilo...que te deixava inquieto.
Aquilo...que te amedrontava.
Nada tema. O Grande Japão tem guardiãs divinas.Essa é a história do nobre espírito de lindas samurais."
Recentemente, mais exatamente na noite do dia 27/11, no grande enconto Otakuara, que o grande companheiro Cassiano, o prolífico Boss do excelente blog 100 Freskura (http://100freskura.wordpress.com/),apresentou, em meio as variadas exibições, a introdução acima é do primeiro episódio da série animada "Hyakka Ryouran: Samurai Girls"(2010-), com direção de KOBUN para o estúdio ARMS Corporation das animações adultas Kite e Words Worth.

O ataque em questão ao Grande Japão é de uma esquadrilha de bombardeiros B-29, as fortalezas voadoras da Segunda Guerra Mundial e da Guerra da Coréia, cujo mais ilustre representante foi o bombardeiro nuclear primordial, Enola Gay.que são destroçados pelas belas defensoras divinas, não vou adentrar na discussão das referências histórico-políticas que o conjunto de cenas implica.A medida que a história vai avançando pode-se notar que além da ação outro ponto forte da animação é a , vamos por assim dizer, "exuberância" das guerreiras, freqüentemente observadas por ângulos inusitados
em suas apreciáveis indumentárias
, ou quando as moças estão mais a vontade - com seus "pontos estratégicos" cobertos por pingos de tinta que tentam parecer púdicos.
Devo dizer que além de a todo momento as divinas guardiãs exibirem sua... hã..."honra", seus poderes aumentam com um beijo, geralmente não são muito exigentes a quem será a pessoa beijada, o que inclui as companheiras de batalha.O cenário é o início do século 21 - e o que chamou-me a atenção, além das atrações obvias - em uma realidade em que o shogunato Tokugawa, iniciado por Ieyasu Tokugawa(1543-1616) nunca perdeu o poder depois de 1868, sem uma Era Meiji o Japão manteve seu isolamento do resto do mundo. Portanto, o porte de espadas é legalizado.Há 20 anos o 25 shogun assumiu a liderança do arquipélago e no conselho estudantil impõe a supressão de elementos rebeldes em uma academia para crianças de famílias de militares, no sopé do Monte Fuji.Algumas moças batalham contra a facção dominante do conselho estudantil liderada por Tokugawa Sen e outros que usam nomes famosos do período Sengoku(1467-1573) .
É tangente que a realidade alternativa criada por Akira Suzuki(de AIKa R-16: Virgin Mission) em sua light novel em 2009, a qual o anime mantém sua plasticidade,
é repleta de "licenças poéticas" para que o seu Japão exilado do mundo e plenamente desenvolvido (e sem as ridículas castas sociais do Bakumatsu) dar certo. Não estamos lidando com alguém tão preocupado com as questões relativas a mudança do passado como o mestre da alternidade, Harry Turtledove(das séries Colonization e World War),
ou com as bravas lutas embebidas de política da franquia stempunk, iniciada em 2006, "Code Geass", da Sunrise(Gundam), com design do Clamp(X/1999)ou ainda o também altamente politizado "Blue Comet SPT Layzner"(Aoki Ryūsei SPT Layzner, 1985-1986, 38 episódios), de Ryousuke Takahashi para a Sunrise., mesmo por que a história é só um acessório de fundo de Hyakka Ryouran Samurai Girls, as melhores razões para se assistir a série são mesmo as Samurai Girls do título. Samurai Girls, com sua premissa da mulher/fantasia salvando o dia, tem mais ou menos a mesma essência que a franquia "Mahoromatic"(iniciada em 1998) da Gainax, onde o fetiche das Maiden(aquelas serviçais domésticas com roupas vitorianas) salva a Terra de alienígenas.
Como de praxe há um representante masculino em meio ao grupo de garotas, o estudante Yagyū Muneakira, e como em outras ocasiões - vide "Saber Marionette"(1995-1999), de Satoru Akahori, "Ā Megami-sama"(1988-)ou "Love Hina"(1998-2001) e "éX-Driver"(2000-2002), ambos de Kōsuke Fujishima -um ser sexualmente reprimido, embora Muneakira parece não ser tão introvertido como outros homens de anime que se encontram rodeados de mulheres, embora não chegue a ser um Mestre Kame.
Hyakka Ryouran Samurai Girls, não é nenhum exemplo de conduta feminina, alias é bem chauvinista. É, sem hipocrisia, nada mais, nada menos que a boa e velha diversão masculina.
Em vista dos prós e contras de Hyakka Ryouran Samurai Girls, da cinética dos corpos femininos em detrimento do status quo histórico, digo simplesmente:
Obrigado, amigo Cassiano, pela nova realidade alternativa a ser explorada, pode-se aproveitar a vista enquanto se corrige a história .
Até mais e que a força esteja com você.

1 comentários:

Anônimo disse...

Buenas Andrézinho,

Obrigado pelos elogios e me achei muito nerd/otaku ao entender tudo que vc escreveu.

Realmente quem assistir, assim como eu, a esse anime não pode estar esperando um grande enredo, mas sim pares e mais pares de belos seios e vários quadris exuberantes pertencentes as lindas e perfeitas samurais.

No anime a relação de samurai e seu senhor é bem tratada, é claro que puxado ao pervertido senso Japones, um homem (senhor feudal) e seus samurais (as garotas), mas deve-se lembrar que antigamente os samurais eram homens e sua lealdade era igual e/ou superior a das meninas na série, tratando seu senhor como um deus e seu motivo de viver, em todos os sentidos.

Acho essa historia e a maneira que foi "desenhada" no anime muito similar a "Ikkitousen", sendo Juubei (principal) uma copia cuspida e escarrada de Hakufu (principal de Ikkitousen).

OBS: Foi lançado na web os dois primeiros episódios da série sem as "corta tesão" das manchas de tinta.

Att,
Cassiano - Boss.

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