Naves para singrar as impressionantes distâncias do cosmo.Naves para combater e sobreviver.Mesmo com uma variedade quase incontável de modelos e mesmo amando a Enterprise e a Yamato,
sempre fui mais afeiçoado a pequena porcentagem de naves concebidas com mais esmero ciêntifico , principalmente quanto as portadoras de vetores de rotação para gravidade artificial, como o Discovery de "2001 - Uma Odisséia no Espaço".O mesmo pode ser dito dos sistemas de propulsão. Naves que podem ser reais me parecem mais fascinantes pela própria possibilidade de chegarem a existir
Com a aposentadoria dos Ônibus Espacial, que começou pelo Atlantis (OV-104), o primeiro de sua sucateada frota - que não tinha autonomia para além da órbita da Terra - a sair do cenário voluntariamente, foi anuncido o retorno dos foguetes clássicos, esse retorno foi outrora representado pelo módulo Orion e pelo lançador Ares, que faziam parte do Programa Constellation, que tinha como norte enviar exploradores humanos novamente para a Lua, e posteriormente para Marte e outros destinos no Sistema Solar.
O programa Constellation, além de ser uma alternativa ao constrangimento estadunidense de ter de depender das naves russas, foi outra vítima da proposta de orçamento para a pesquisa espacial da medíocre administração Obama, que desistiu do Constellation, cancelando fundos para o programa e, como manda a cartilha capitalista, defendendo a participação da iniciativa privada na criação de naves espaciais para o transporte de astronautas para a órbita terrestre baixa, de onde ainda podem explorar os impostos e desvio de verbas. O Orion leva a alcunha do velho e fascinante Project Orion, nave de pulso nuclear(explosão), com proposta creditada em 1947 pelo matemático americo-polonês do Projeto Manhattan, Stanislaw Ulam(Stanislaw Marcin Ulam, 1909–1984), que propunha, sem figura de linguagem, que a nave fosse empurrada pela explosão, diferente dos foguetes químicos construídos para serem leves e poderem alcançar mais facilmente a velocidade de escape.
A nave de Ulam seria um colosso de blindagem maciça, para não se desfacelar nas detonações atômicas - que seriam usadas como propulsão - e proteger sua tripulação da radiação. A idéia de uma nave com pulso de fissão ganhou certa força com a adesão do gênio anglo-americano Freeman Dyson que colocava o conceito de Ulam na idéia concebida da nave Orion com 40 milhões de toneladas, impulsionada pela força de dez milhões de bombas atômicas, de provável e possível capacidade interestelar e podendo alcançar a velocidade de até 10% da inacalçavel velocidade da luz, que, de acordo com Dyson, seria possível chegar à Lua, Marte, Júpiter e logo ao espaço profundo, dando aos arsenais nucleares do planeta alguma função de franca utilidade.
O Project Daedalus foi seriamente estudado entre 1973 e 1978 pela British Interplanetary Society que buscava uma nave interestelar plaúsivel, tripulada e, no contexto da Guerra Fria, desarmada. O Orion nos prometia o alcance de Alpha-Centauri dentro do tempo médio da vida humana, o Deadalus e sua propulsão nuclear nos daria a estrela de Barnard e os possíveis planetas que a orbitam. Algumas limitações técnica impediam o Orion de sair das plantas, a maneira mais fácil de construir um foguete de fusão, com a tecnologia atual é usar bombas de hidrogênio, como o Projeto Orion propunha.Mesmo o elegante Projeto Daedalus para um foguete de fusão tinha o entrave em seu suporte de vida, com confinamento inercial que provavelmente não funcionaria nos dias de hoje, não existe conhecimento suficiente para faze-lo funcionar.A ciclópica escala dos projetos, desinteresse por parte dos políticos mais propensos a ficarem mais grudados no planeta que podem alcançar mais facilmente para roubar e a complicada tarefa de por em movimento forças vistas - e com razão - com temor, findaram com o sonho das naves de pulso nuclear. Mesmo com a vantagem visível do grande impulso específico da fusão nuclear é também sua maior desvantagem, a (provável) grande massa necessária para um reator de fusão convencional inexiste nos projetos Orion e Deadalus, porém, um teórico motor movido a fusão nuclear geraria menos radiação que um motor que utilizasse um reator de fissão nuclear, ou o arsenal dos projetos Orion e Deadalus, fato que reduziria a massa necessária para um escudo anti-radiação Um futuro de um cosmo fervilhando com atividade humana em espaçonaves propelidas pela força do átomo foi abortado, a ficção que também considerava como certo esta visão de venturoso futuro nuclear se decepcionava, mas não se dava por vencida.
O "estilo" Orion de propulsão de fissão foi , e é usado em um belo e requintado pedaço do veio da ficção hard. Assim como os, ainda em uso, foguetes multifásicos que já figuravam antes de sua efetiva construção, os foguetes nucleares já não apresentavam novidades conceituais no meio ficcional. Assim como o foguete convencional cujo princípio já era plenamente conhecido desde os mais remotos tempos civilizados e com seu uso para a exploração previsto por pessoas do calibre de Jules Verne(1828-1905), H. G. Wells(1866-1946) e o criativo cérebro russo Konstantin Tsiolkovsky(1857-1935).
uma espécie de antevisão de um foguete do tipo Orion é visto no romance "O Império do Átomo"(Empire of the Atom, 1957), do escritor canadense A. E. Van Vogt(Alfred Elton van Vogt, 1912–2000), que concebeu a obra antes do projeto vir a público. Vogt imaginou um futuro pós-guerra nuclear, travada contra alienígenas de outra estrela, em algum lugar do passado entre 800 e 8.000 anos antes da ascensão do Império de Lyn da Terra, renascido das cinzas radioativas e onde o átomo é deus, usando largamente foguetes nucleares para vôos espaciais.O livro é lançado no mesmo ano em que é realizado a chamada Operação Plumbbob, uma série de 27 testes nucleares, a maior e mais longa bateria de testes de armas nucleares nos Estados Unidos, feita entre 27 de Maio e 7 de Outubro de 57 no deserto de Nevada, e onde testes reais de propulsão nuclear aconteceram, com detonações em pequena escala lançando uma placa de aço de 900 kg a seis vezes a velocidade de escape da Terra.O livro saí um ano antes da criação da Nasa, que, assim como os soviéticos que estavam em vantagem com seu Sputnik, dava primazia aos foguetes químicos - e possivelmente a opção mais fácil para lidar com os soviéticos - .Quanto ao livro de Vogt, o autor e crítico James Blish observou que O Império do Átomo faz alusões diretas ao livro "Eu, Claudius, Imperador"(I, Claudius, 1934), romance histórico em forma de autobiografia do Imperador Claudius(10 AC– 54 DC), escrito pelo novelista, poeta e tradutor inglês Robert Graves(Robert Ranke Graves, 1895–1985).Os geniais irmãos soviéticos Arkady( Арка́дий, 1925–1991) e Boris Strugatsky em seu Universo Noon - iniciado com o livro "Noon: Século XXII" (Полдень. XXII век, 1961) - previam uma vitória final do comunismo - creio que os não as besteiras opressoras russa, chinesa, coreana, cubana ou a energuminidade venezuelana, imagino algo como se a farsa de Alex Kerner(Daniel Brühl) apresentada a sua mãe (Katrin Sass) na magnífica tragicomédia alemã "Adeus, Lenin!"(Good Bye, Lenin!, 2003), de Wolfgang Becker, acontecesse de fato, -onde o excesso de abundância de recursos elimina a necessidade da maioria dos tipos de trabalho manual dando ao conhecimento o status de mercadoria mais valiosa. Em especial o conto "The Land of Crimson Clouds"(Страна багровых туч, 1959), com uma conexão um pouco perdida do resto do Universo Noon, situado em Vênus, descreve em detalhes um protótipo de nave propelida por fótons. O maior e mais marcante crédito do Universo Noon, em relação a maioria dos universos ficcionais, é a construção de uma utopia social próxima ao marxismo teórico, a completa negação ao imperialismo. Nenhuma raça senciente no Universo Noon constrói um estado interplanetária (república, império, federação, etc) ou já construiu um. As raças com navegação cósmica optaram por uma vida abnegada auxiliando no desenvolvimento científico das civilizações menos avançadas. Mesmo a Terra deste universo é regida por uma tecnocracia global, um corpo cujo diretivo principal é o Conselho Mundial, um órgão legislativo/executivo composto dos mais brilhantes cientistas, filósofos, historiadores e estrategistas. O Conselho essencialmente lida com questões políticas globais e interestelares. No idílico Universo Noon, a Terra nunca tentou assumir o controle permanente sobre qualquer outra civilização. No entanto, enquanto a sociedade do conhecimento conseguiu com sucesso dar todos a seres humanos as necessidades mais básicas, acabou por criar uma espécie diferente de insatisfeitos, pessoas que eram incapazes de tomar uma posição alta na hierarquia acadêmica ou se tornarem artistas famosos e que ainda não desejam resolver tarefas simples, como a supervisão dos robôs, tornaram-se exploradores de mundos previamente desconhecidas, explorando-os e, em alguns casos, estabelecendo contato com as raças nativas. Prática que o conselho Terran geralmente desaprova, mas faz vista grossa, até torna-lá legalizada na gestão de 2114 a 2193.Na série extensão da franquia clássica da Sunrise, "Mobile Suit Zeta Gundam"(Kidō Senshi Zēta Gandam, 1985-1986, 50 episódios), de Yoshiyuki Tomino, as belonaves Axis warships, bem como o super canhão laser GRYPS-2 usam do conceito do tipo Orion, no entanto a série deixa claro que o modelo Orion não exacerbadamente usado, em parte obedecendo o tratado que proíbe armas de destruição massiva.A saga da super Africa do Sul, da inteligente série de realidade alternativa da saga "The Domination"(iniciada em 1988 com "Marching Through Georgia"), de S. M. Stirling, coloca a disputa armamentista das supra-belicosas superpotências da realidade em questão: Domination of the Draka e a Alliance for Democracy. No terceiro livro da série, "The Stone Dogs"(1990), o resultado máximo da disputa é a criação do Orion . O Orion é nossa maior arma no projeto ficcional - na minha opinião, o melhor e mais detalhadamente real - para a gigantesca nave de batalha verossímil intitulada Michael, no excelente romance "A Pegada" - ou "A Invasão" - (Footfall, 1985), de Larry Niven e Jerry Pournelle. - O britânico Daedelus também tem sua visão recontada no conto vencedor dos prêmios Nebula, Hugo e Locus Poll, intitulado "Tricentenário"(Tricentennial, publicado pela primeira vez na revista Analog Science Fiction/Science Fact de julho de 1976), de Joe Haldeman, onde a nave, ao longo do tempo, também é chamada de John F. Kennedy ou Leonid Brezhnev e é explicitamente alimentada por armas nucleares.Na interessante antologia "Cepheïde"(1981), do escritor, escultor e ilustrador holandês Tais Teng (pseudônimo de Thijs van Ebbenhorst Tengbergen), que descreve na história que intitula o livro uma descrição da propulsão do tipo Orion como um dos métodos mais primitivos do universo, um desperdício para o voo interestelar mantido por uma minoria das espécies inteligentes do universo. A nave que figura no conto é a relíquia que pertence aos remanescentes de uma raça quase totalmente extinta pelos dominantes YiYiki, descendentes evoluídos das baleias jubarte.No sexto livro da série pós apocalipse "Maurai"(iniciada em "Maurai and Kith", 1982), chamado "Orion Shall Rise"(1983), de Poul Anderson (Poul William Anderson, 1926–2001) , as novas sociedades da Terra, entre elas a Maurai Federation(descendentes dos povos neozelandeses),é baseada na preservação e integridade da vida, os maurai proíbem todo e qualquer tipo de material nuclear, o que contradiz seu mais guardado segredo que fará a humanidade reavaliar sua distribuição de poder e possivelmente transformar o povo do mar em povo do cosmo. Na sequencia da ficção científica militar "In Death Ground"(1997), de David Weber e Steve White, "The Shiva Option"(2002), o planeta natal de uma espécie aracnídea é destruído, os asteroides resultantes, são convertidos em espaçonaves Orion, dando mobilidade atômica aos remanescentes.
O livro de Weber e White parece querer dar uma visão maior da luta contra insetos aliens do que foi a do pioneiro da ficção militar Robert A. Heinlein(Robert Anson Heinlein, 1907–1988), vista em seu "Tropas Estelares" - também publicado por aqui como "Soldado do Espaço"(Starship Troopers, 1959) - . Na minuciosa história futura do universo "CoDominium" de Jerry Pournelle, iniciado com "Uma Nave para o Rei"(A Spaceship for the King, publicado pela primeira vez em três partes na revista Analog de Dezembro de 1971 a Fevereiro de 1972),onde a união e aliança política em nome da estabilidade planetária é feita entre os Estados Unidos e a União Soviética revitalizada , reina sobre a Terra há mais de cem anos, tem em seu sexto livro, "King David's Spaceship"(1980) o planeta Prince Samual, severamente bombardeado durante a chamada Guerra da Secessão, e depois readmitido pelo Império(sucessor do CoDominium) , o que finda seu isolamento de 400 - que havia levado este mundo a ter um nível de tecnologia comparado ao século XIX -. Para alavancar as condições de vida do atrasado Prince Samuel, o Império cede projetos de uma nave Orion que usa uma espécie de pulso não nuclear. Na série de novelas sobre autoritarismo e progresso tecnológico "Across Realtime"(1984-2002), de Venor Vinge, iniciada em "Peace of War", 50 anos depois que cientistas do Lawrence Livermore National Laboratory desenvolverem "a arma", que constitui-se em um gerador de campo de força esférico. O laboratório agora enfrenta a burocracia para por em uso a arma com o intuito de forçar o fim da guerra convencional(o que em si já provocou uma breve guerra no processo). O campo de força passa a ser conhecido apenas como Bobbler, um escudo perfeitamente esférica, impenetrável, e praticamente indestrutível ao redor ou através de qualquer coisa. Entre a vasta gama de usos para a esfera de força, é a contenção de armas nucleares, pessoas e cidades inteiras ou, ocasionalmente, os governos, separando-os, e isolando-os, do resto do mundo.
No terceiro livro, "Marooned in Realtime"(1986), um dispositivo que pode criar um campo de estase para o bobble permite que o tempo não corra dentro da esfera, fazendo do aparato uma realista máquina do tempo, de viagem em sentido único para o futuro.
Tal viagem combina a tecnologia de campo de força com a propulsão por pulso nuclear, fazendo do bobble uma perfeita espaçonave Orion.
Na excitante trilogia "Trigon Disunity", de Michael P Kube-McDowell, também é agraciada pela presença de um Orion. No primeiro livro "Emprise"(1985), foca em um tempo após uma nova idade das trevas se abater sobre a Terra, bem como uma busca para responder os sinais de rádio vindos de Cassiopeia que conduz a construção da nave de pulso nuclear. A série Trigon Disunity, composta também pelos livros "Enigma"(1986) e "Empery"(1987) ilustra uma grande saga de morte e renascimento da humanidade em sua primeira(?) jornada pelo espaço interestelar.
No filme - que seria melhor se não fosse tão irritantemente piegas - "Impacto Profundo"(Deep Impact, 1998), de Mimi Leder, sugere que a salvação da Terra da iminente extinção causada pelo impacto de asteróides, tem a forma da nave espacial russo/estadunidense Messiah, que utiliza o "Orion Drive" uma variante da propulsão de detonação nuclear. Na pelícola o drive é creditado a ciência russa.
Do mesmo ano de Impacto Profundo, o romance de John Varley "O Balão de Ouro"(The Golden Globe, 1998), fala dos destroços de uma nave espacial Orion, convertidos em uma nave interestelar. Em meio as várias citações shakespearianas, a elite tecnológica autodenominada "Robert A. Heinlein" revela que a humanidade construiu uma nave Orion para, em seguida, abandona-lá quando cai na apatia de exploração estelar.O "Balão de Ouro" do título me faz ter em mente os ECHO 1 e ECHO 2, satélites constituídos de balões em nylon, com 30 metros (ECHO 1, 1968) e 42 metros (ECHO 2, 1969) de diâmetro, lançados pela NASA.Também envolvendo impactos cósmicos, a co-produção Estados Unidos/Canadá para a TV, "Destruição"(Earthstorm, 2006), de Terry Cunningham, a desestabilização da estrutura lunar por um enorme impacto de asteroides começa a causar sérios danos na Terra.Para chegar a Lua e tentar reverter a situação uma nave de pulso nuclear é enviada ao satélite. Cheio de impossibilidades científicas, roteiro pobre e repleto de clichês.Em um dos melhores games de estratégia já fabricados, "Sid Meier's Alpha Centauri"(1999), da Firaxis Games(Subsidiaria da 2K Games da série GTA), o projeto Orion segue o conceito de uma viagem interestelar dentro do tempo de vida humana. A Terra lança a Unity, nave de colonização de pulso nuclear, em uma viagem de quarenta anos a "Chiron" (ou simplesmente "Planet"), um planeta do sistema Alpha Centauri. Com um fascinante sistema de facções e visivelmente baseado em algumas idéias do clássico "Solaris"(Solyaris,1972), de Andrei Tarkovskye e repleto de referências ao "2001" de Kubrick e Clark,o jogo ganhou uma boa expansão em "Sid Meier's Alien Crossfire"(1999).
Embora nunca tenha sido usado, nos extras do DVD da cultuada série space western "Firefly"(2002-2003, 14 episódios), seu criador Joss Whedon menciona que tinha uma idéia para uma nave com propulsão baseada na detonação nuclear dirigida. Na lindíssima Ilíada de Dan Simmons para a ficção pós-apocalipse "Ilium"(2003) e "Olympos"(2005) tem, principalmente em seu segundo tomo, a descrição detalhada de uma nave do estilo Orion, engendrada pela raça biocibernética Moravec emulando a tecnologia humana do século 21.
A nave Urnud Daban, do romance "Anathem"(2008), de Neal Stephenson, viaja entre as diferentes dimensões e utiliza um sistema de propulsão do estilo Orion. A existência da nave vem a baila após a descoberta por meio da observação das explosões nucleares utilizadas para modificar sua órbita.A nave/arca para a salvação da inundação global vista em forma de memórias do ano 2031 no romance "Ark"(2009), de Stephen Baxter, tem a primeira fase da sua missão, usando uma versão do Orion. Embora algumas visões do Orion o coloquem na orbita de escape por meio de foguetes convencionais, em Ark o pulso nuclear é feito ainda em terra, com todo o planeta prestes a se afogar a preocupação ambiental é ignorada.Na novela de Chris Berman, "The Hive"(2009), as pressas e dando proveito ao seu considerável arsenal nuclear, a República Popular da China lança um foguete Orion para chegar primeiro ao artefato alienígena detectado na órbita entre Júpiter e Saturno, antes da nave construído pelos Estados Unidos e a Rússia. O romance foi proibido na China, até que "estas referências sejam removidos".No spin off da série animada "Ben 10"(2005-2008, 52 episódios), de Duncan Rouleau, Joe Casey, Joe Kelly e Steven T. Seagle, que precede "Ben 10: Força Alienígena"(Ben 10: Alien Force, 2008-2010, 46 episódios), de Dwayne McDuffie e Glen Murakami, no primeiro episódio de "Ben 10: Ultimate Alien"(2010-), intitulado "Fama"(Fame) um refugiado alienígena chamado Bivalvan da Galáxia de Andrômeda quer roubar os projetos da NASA para construir uma nave que ele poderia usar para voltar para seu planeta de origem. Os planos da nave exigem a detonação de uma bomba nuclear, que destruiria a região central da Flórida. O processo de propulsão da nave nos dá a pista que o veículo é um Orion (na animação "Onion")."Virtuality"(2009), escrito por Ronald D. Moore e Michael Taylor, tem a primeira nave estelar da Terra, a Phaeton, nave de propulsão nuclear, e o drama de seus doze astronautas em uma missão de 10 anos para explorar pela primeira vez outro sistema estelar, o sistema da estrela Epsilon Eridani. A história se passa 6 meses depois do início da missão, próximo a Netuno, a última chance de abortar a missão e voltar à Terra.No filme de moldes dos notálgicos "Attack of the Moon Zombies"(2011), de Christopher R. Mihm apresenta um foguete de pulso atômico, tal qual como os descritos nos relatórios do Projeto Orion para uma viagem a Lua. Com bons motivos para encerrar a missão, tais como o único médico da nave diagnosticado com estágios iniciais do Mal de Parkinson e o simulador de realidade virtual apresentando estranhos "defeitos", que bastariam para o comandante Frank Pike (Nikolaj Coster-Waldau) não não seguir adiante. Mas com a salvação da humanidade de repente largada sobre seus ombros a missão da Phaeton é uma oportunidade unica.
Com um viés científico apurado apresentando conceitos bem explorados da propulsão nuclear, relatividade, módulos de rotação, aliados a conflitos psicolólicos e políticos, apresentado sob a forma de um Reality Show, Virtuality só pode contar com um episódio-piloto de duas horas de duração e dirigido com competência ímpar por Peter Berg. Com elementos que variam de Matrix a 2001- Uma Odisséia no Espaço, o piloto obteve boa aceitação, mas a incompetência e mediocridade do estúdio Fox, que o tratou como um evento isolado, fez de Virtuality uma obra natimorta, Berg disse que um projeto internacional, co-financiado pela Europa, estaria sendo discutido para a retomada do vôo da Phaeton, muito embora na semana seguinte a exibição de Virtuality, a rede ABC lançou a série de produção multinacional - Estados Unidos/Canadá/Alemanha/ Reino Unido - "Defying Gravity"(2009, 13 episódios), de James Parriott, que embora seja uma produção deveras cuidadosa, se trata exatamente do mesmo tema de Virtuality. O canal afirma que a inspiração veio com o documentário ficcional "Space Odyssey: Voyage To The Planets"(2005, 2 episódios), da BBC -.Embora uma campanha pelo retorno de Virtuality tenha sido feito( http://virtuality-tv.info/Renewal/), o posterior cancelamento de Defying Gravity após uma temporada pode ter sepultado definitavamente a inteligente missão da Phaeton para sempre.
O filme independente de moldes nostálgicos "Attack of the Moon Zombies"(2011), de Christopher R. Mihm, mostra uma nave de pulso nuclear que leva suprimentos a colônia lunar, a nave tem o mesmo design que o Projeto Orion nos relatórios originais.
Rebuscando um exemplo clássico, o 65° episódio da série clássica Jornada nas Estrelas, de Gene "Grande Pássaro da Galáxia" Roddenberry(1921-1991), intitulado "O Mundo Finito"(For the World is Hollow and I Have Touched the Sky, 1968), escrito por Kirk Vollaerts e com direção de Tony Leader, na data estelar 5476.3 enquanto o Dr. McCoy descobre que está com uma rara doença, a xenopolycythemia, e que tem apenas mais um ano de vida, a Enterprise aborda um asteroide que se encontra em rota de colisão com um planeta da Federação. Kirk e seus oficiais descobrem que o asteróide é na verdade uma imensa espaçonave de pulso nuclear chamada Yonada. Parece claro de onde vem a inspiração para Shiva Option. Alias, as naves da Federação são movidas por uma outra forma de propulsão nuclear, chamada de Propulsão Bussard, ou Bussard ramjet, proposto em 1960 pelo físico Robert W. Bussard(1928-2007), como um método de propulsão para naves espaciais , e apoiado pelo divulgador científico do século XX, Carl Sagan(1934-1996), que expôs o projeto tanto na série de TV Cosmos e no livro de mesmo nome, ambos de 1980. Basicamente, é uma variação dos foguetes de fusão nuclear, embora utilize um reator, tem a vantagem de não ter a estrutura massiva do Orion. O reator a fusão nuclear utiliza o hidrogênio, que abunda pelo universo, que é coletado como combustível para a fusão capaz de proporcionar viagens interestelares de forma rápida. Sua maior estrutura seria um grande coletor (com diâmetro medido em quilômetros) utilizado para recolher e comprimir o hidrogênio existente no meio interestelar e então direcionado para os exaustores de um foguete do tipo ramjet - motor a jato clássico sem partes móveis, além das bombas injetoras, como o utilizado pelo caça francês Nord 1500 Griffon - que seria utilizado para a aceleração da nave. Tecnicamente, pela quantidade de hidrogênio que pode ser coletada, um motor Bussard pode acelerar por tempo indefinido, ou até que seu mecanismo falhe, podendo chegar a aceleração próxima a da luz. Se o propulsor atingir aceleração de 10 m/s² - pouco mais que a gravidade do planeta -, a espaçonave poderá atingir 77% da velocidade da luz em aproximadamente um ano. No universo de Jornada nas Estrelas os coletores Bussard são localizados nas nacelas, geralmente na extremidade do sistema de dobra, onde recolhem as partículas interestelares. Os coletores também podem ser operados no sentido inverso e expelir plasma. Poul Anderson(1826-2001) explora muito bem o potencial da propulsão Bussard em seu excelente livro "Tau Zero"(1970), onde leva a aceleração e a relatividade temporal até as últimas conseqüências. A espaçonave Leonora Christine, com seus 50 membros tripulantes de todas as partes da Terra, de diferentes raças, deixa o planeta com destino a uma estrela no sistema de Beta Virginis, onde existe uma esfera a ser colonizada. No meio da viagem, a nave choca-se com uma pequena nebulosa. Seu curso é alterado e sua velocidade aumenta cada vez mais, chegando acima dos 100% da velocidade da luz, um ponto em que os séculos se reduzem a segundos. Enquanto isso, dentro da Leonora Christine, cuja gravidade se mantém controlada e constante, o tempo passa com extrema lentidão. Com todas os fenômenos que acompanham a velocidade limite da realidade, os ocupantes da nave assistem literalmente ao fim do Universo, que se reduz progressivamente a um monobloco, até um novo Big Bang. Tau Zero foi merecidamente laureado com os prêmios Hugo e Nebula.Na série de contos e livros intitulada "Espaço Conhecido"(Know Space) iniciado com o conto "The Coldest Place"(publicado pela primeira vez na revista Worlds of If de Dezembro de 1964) e até o momento encerrada com a publicação de "Betrayer of Worlds"(2010), em parceria com Edward M. Lerner, mostra um universo em o estilo de propulsão Bussard ramjet é extensamente utilizado pela humanidade para colonizar o Sistema Solar e parte da galáxia que fica dentro da zona familiar ao homo sapiens, o Espaço Conhecido . Niven também coloca em seu Espaço Conhecido a guerra entre a humanidade e a raça felinóide Kzinti, a Man-Kzin Wars, iniciada com o conto "The Warriors"(publicado originalmente na revista Worlds of If de Fevereiro de 1966), onde a humanidade obten da raça chamada de Outsider, cujos corpos são compostos por hélio hiperfluído, o motor FTL (faster-than-light drive), dando a vitória a nossa espécie sobre a superioridade tecnológica e logística Kzin. Lary Niven escreveu pouco sobre as Man-Kzin Wars, deixando que outros autores descrevessem este período do Espaço Conhecido, mas Niven adaptou o conto "The Soft Weapon"(publicado pela primeira vez na revista Worlds of If de Fevereiro de 1967), para o mais elogiado episódio de "Jornada nas Estrelas: A Série Animada"(Star Trek: The Animated Series, 1973-1974, 22 episódios), intitulado "Arma da Escravidão"(The Slaver Weapon, 1973), dirigido por Hal Sutherland, que mostra a tripulação da Enterprise descendo no planeta Kzin.Mesmo com o Bussard ramjet se mostrando com uma viabilidade maior e menos arriacada para a conquista do cosmo, existe sempre alguém para voltar ao passeio com naves de pulso de fissão. Ainda depois do abortamento das naves de pulso nuclear, os projetos ainda abundam de pesquisadores e defensores. Robert Freitas, um dos fundadores do Institute for Molecular Manufacturing do observatório de Palo Alto, em uma análise de engenharia concebeu uma variação do Projeto Daedalus sobre uma sonda auto-replicante foi publicado em 1980.O design não-replicante foi modificado para incluir todos os subsistemas necessários para a auto-replicação, utilizando a sonda para entregar uma fábrica "semente" com uma massa de cerca de 443 toneladas num local distante, tendo a fábrica de sementes de se reproduzir fabricando cópias de si mesmo para aumentar a sua capacidade de produção industrial total e, em seguida, usando o complexo industrial totalmente automatizado para construir mais sondas cada uma com uma única proto-fábrica a bordo num período médio de pode atingir 1.000 anos. Cada nova sonda teria uma massa de mais de 10 milhões de toneladas, a maior parte seria do combustível necessário para acelerar até aos 12% da velocidade da luz e posteriormente desacelerar até ao sistema alvo. Outras concepções inspiradas pelo Daedalus incluem os projetos Ican e Aimstar, estudados pelo departamento de engenharia nuclear da Pennsylvania State University em 1998. Antes disso, em 1989, a Marinha estadunidense e a Nasa se debruçavam sobre a ideia de uma nave propelida a detonação nuclear dirigida, o Project Longshot, que não saiu do estágio conceitual, o Longshot seria apontado para o órbita alaranjada de Alfa Centauro B, no sistema triplo do Centauro.O sonho de se mover entre as estrelas movido por forças mais quentes que o núcleo do próprio sol continua. A passagem do voo nuclear ainda pode ser carimbada.Até mais e que a força esteja com você.
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