sexta-feira, 29 de abril de 2011

Herói não mais americano.

A Action Comics chega ao seu número 900, esta semana e leva o homem de aço novamente a grande mídia, o que não acontecia desde 1998 com o advento de sua fase "Vermelho e Azul", na verdade outras daquelas revisões que deixam a desejar.O que provocou a reação da mídia não foi a parte final do arco "Black Ring", com roteiros com participação Richard Donner, diretor dos filmes mais famosos do Superman desde os tempos de Christopher Reeve(Christopher D'Olier Reeve, 1952-2004), e de um dos produtores de Lost, ou mesmo Lex Luthor com poderes de um deus. A polêmica toda veio da história com roteiro de David Goyer, talentoso roteirista de Batman Begins e Batman: Cavaleiro das Trevas e do futuro filme do Superman.
Na história de Goyer, o Superman está defendendo o povo da opressão em Teerã, no Irã, o Homem de Aço é uma poderosa barricada contra as forças opressoras de Mahmoud Ahmadinajad. O ponto alto da história é a renuncia do kriptoniano à sua cidadania estadunidense, para não ter que responder pelos Estados Unidos ou pelas Nações Unidas, nem ser limitado pelos poderes estatais, pois "o mundo é pequeno. Conectado demais." para tais limitações. Não é preciso ter poderes para saber como os meios de comunicação fascistas dos Estados Unidos trataram a questão, o Twitter de muitos autores foi lotado de apoios, dos mais "liberais" e negativas dos conservadores. Os mais desconhecedores (burros) dos quadrinhos encheram a caixa de e-mails de Steven Whacker, editor da Marvel Comics, para reclamar sobre o que a editora do Capitão América e do Homem-Aranha havia feito com o orgulho dos Kent. O boicote para os títulos da DC Comics é a possibilidade vista pelo Examiner, a enojante e ultraconservadora, para não dizer sensacionalista, Fox News explorou os brios patrióticos de seu público para taxar Kal El de "anti-americano". O New York Post, como uma mídia mais séria e com os pés no chão(embora tenha cometido seus arroubos de sensacionalismo no início da guerra do Afeganistão e do Iraque) publicou uma declaração conciliatória do co-publisher Dan Didio: "O Superman é um visitante de um planeta distante que há muito abraçou os valores dos EUA. Como personagem e como ícone, ele incorpora o melhor do Modo de Vida Americano. Em uma história curta na revista Action Comics 900, ele renuncia à sua cidadania para dar um foco global à sua batalha que nunca termina. Mas ele permanece, como sempre, comprometido com seu lar adotivo e suas raízes, como um garoto fazendeiro do Kansas vindo de Smallville". Bem, em todos estes anos de HQs, nunca gostei muito do fazendeirinho kriptoniano, alguém que pode resolver grande parte dos problemas do mundo

e não o faz para no final de cada história levar a bandeira de volta ao mastro da Casa Branca, sua atuação global era ridícula e o ufanismo se mantinha enquanto continentes gritam em sofrimento. Não é questão de anti-americanismo, é uma questão de humanismo.
O exemplo que costumo usar é sua participação em "O Cavaleiro da Trevas"(Batman: The Dark Knight Returns), com a guerra global eclodindo, Kent escolhe um dos lados belicosos ao invés de lutar para para-los.
Em fevereiro de 2009 o temperamental gênio britânico, Alan Moore(Watchmen, Supremo) desabafava sobre a indústria de adaptações de HQs para o cinema, as palavras de Moore podem ser convertidas sem muito esforço para a indústria de quadrinhos dos Estados Unidos, na época(e até poucas horas atrás) , uma aventura estilizada do Superman era a melhor ilustração para o motivo da declaração:
"A principal razão pela qual quadrinhos não funcionam no cinema é que praticamente todo mundo no comando da indústria de cinema é contador. Essa gente sabe somar e equilibrar o livro-caixa, mas para qualquer outra coisa são burros, incompetentes e não têm qualquer talento."
"Tivemos um produtor de Hollywood particularmente obtuso que disse 'vocês nem têm que produzir o gibi, é só colocar o nome de vocês nessa idéia e eu faço o filme e vocês ganham um monte de dinheiro - é... A Liga de Animais Extraordinários! Vai ser como o Gato de Botas!'. Eu só disse 'Não, não, não. Nunca mais mencione isso para mim'."
"A gente precisa de mais filmes-porcaria no mundo? Já tivemos o bastante. E esses 100 milhões de dólares [orçamento de Watchmen: O Filme e de A Liga Extraordinária] podiam acabar com a guerra civil no Haiti. Além disso, os quadrinhos originais são sempre melhores."
"Na época em que escrevi Watchmen, eu ainda acreditava nos bastardos venenosos [os super-heróis], eu tinha uma opinião diferente sobre quadrinhos de super-herói norte-americanos e o que eles significavam (...). Os EUA têm uma afeição desmedida por lutas desleais. É por isso que armas são tão populares lá - porque você pode atacar de supresa, atirar pelas costas, lutar de forma bastante covarde. O que lá chamam de fogo amigo, no resto do mundo a gente chama de fogo americano."

"Acredito que a grande verdade sobre os super-heróis é que os EUA não iam querer nenhum contra eles. Eles preferem não se envolver em uma briga se não tiverem poder de fogo maior, ou são invulneráveis porque vieram do planeta Krypton quando eram bebês. Acho que essa é a vergonha por trás de todo mito do super-herói norte-americano. É o único país em que esse gênero funcionou. Nós britânicos vamos ver filmes americanos de super-heróis assim como o resto do mundo, mas nunca criamos super-heróis nossos de verdade."
Em Action Comics #900, o dialogo em que Superman expõe sua renuncia e diz estar cansado de ser instrumento da política estadunidense, me atrevo a dizer que é um dos mais fascinantes de todos estes quase 73 anos do personagem.
Embora alguns autores tentassem fazer de Kal El um herói global, as iniciativas eram sempre rechaçadas, talvez esta também não dure muito, mas neste instante de maturidade e consciência global do herói, considerado como o maior de todos os heróis, eu vi nele o verdadeiro homem do amanhã, um super-herói da Terra que o acolheu .

segunda-feira, 18 de abril de 2011

de Infinite Stratos

"Quando estiver com o poder, lembre-se dos fracos."

sábado, 16 de abril de 2011

Batalha de Los Angeles


Judiado pela crítica e acusado de patriotismo exacerbado, "Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles" (Battle: Los Angeles, também chamado de Battle: LA e World Invasion: Battle Los Angeles, 2011) , do diretor sul-africano Jonathan Liebesman(do inútil remake de "O Massacre da Serra Eletrica") sob o roteiro de Christopher Bertolini(de "A Filha do General") , merecia mais do que as pedras que mereceu.
Batalha de Los Angeles se inicia com Los Angeles ardendo sob o fogo de um inimigo desconhecido e muito poderoso, uma prévia do por vir em textura de visão noturna, então Liebesman e Bertolini retrocedem e passam a um conjunto de cenas que mostram como são os fuzileiros do 2° Batalhão da 5° Companhia Marine de Camp Pendleton, e toda sua variedade humana de particularidades e conflitos,
sob a fotografia documental falsa, a seqüencia parece uma espécie de série como "Pensacola"(Pensacola: Wings of Gold, 1997-2000, 66 episódios), criada por Willian Blinn(Gunsmoke), porém mais dramática e voltada para os fuzileiros.
que tem a pretensão de se aparentar com o armário da dor de "Guerra ao Terror"(The Hurt Locker, 2009), da excelente diretora Kathryn Bigelow(de K-19: The Widowmaker).
Enquanto a biodversidade humana da 2/5 é mostrada, a TV fala de uma tempestade de asteróides que está adentrando o Sistema Solar, um evento que deveria ser previsto com até anos de antecedência surge do nada em meio do espaço solar e aumentando a velocidade.

A tropa 2/5, formada em 1914, é veterana em aparições na cultura pop, já tendo aparecido na série de livros "The Corps"(1986-2010, 10 livros), de W. E. B. Griffin(ele mesmo já foi um Marine), onde mostra a ação do batalhão na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coréia,
sua participação na Batalha de Huế(1968), durante o conflito no Vietnã é retratada pelo mestre Stanley Kubrick(1928–1999), no filme "Nascido para Matar(Full Metal Jacket, 1987)
, baseado no romance semi-autobiográfico "The Short-Timers"(1979), de Gustav Hasford( 1947-1993).
A 2/5 de Batalha de Los Angeles é encabeçada pelo Sargento-Ajudante Michael Nantz (Aaron Eckhart, o Duas-Caras de Cavaleiro das Trevas), veterano condecorado e prestes a se aposentar e mal visto pelo resto da corporação por ter perdido todo um batalhão.
Seu descanso é negado em 11 de Agosto de 2011, e Nantz é passado para o comando do jovem 2° Tenente William Martinez (Ramón Rodríguez, de "Transformers: A Vingança dos Derrotados"),
em vista da chuva de meteoros prestes a cair no litoral de Santa Monica, uma das 20 localidades oceânicas próximos a importantes cidades do planeta,
frisando que os objetos estão em desaceleração a medida que entram na atmosfera,ao mesmo tempo em que parte da população evacua a cidade.
Sabe-se que existe algo suspeito em relação aos meteoros, que se chocam com a massa oceânica,
o que é confirmado com as estranhas figuras que emergem imediatamente após a queda dos corpos e que começam a exterminar tudo pelo caminho,
Os CH-46 passam pelos céus levando suas espantadas tropas que irão lutar em seu próprio território contra um invasor pela primeira vez desde a Guerra de 1812 e contrastando com a continua chuva de objetos que caem sob o litoral de Santa Monica,que riscam os céus sobre o aeroporto de Santa Monica, agora transformado em F.O.B.(Forward Operation Base).
A questão da chuva de "meteoros" segue a cinética de eventos da invasão primordial, a "Guerra dos Mundos"(War of the Worlds, 1898), do visionário inglês W. G. Wells(1866-1946),
onde o ferrenho conquistador povo de Marte aporta na Terra através de grandes cilindros expelidos pelos grandes canhões da superfície marciana,
com a emissão radiofônica da obra por Orson Welles(1915-1985) em 1938 , os cilindros foram adaptados para meteoros
adaptação também seguida pelo filme de Byron Haskin(1899-1984) e George Pal(1908-1980).
Também como em Guerra dos Mundos, os grandes objetos do espaço exterior ocultam o maior dos perigos, e que nada parece deter seu avanço.

A 2/5 terá o encontro com o cão perdido Glenn, como seu último momento de paz.Batalha de Los Angeles também mostra a chance de redenção do Sargento Ajudante Nantz, disposto a expiar o passado e tendo que encorajar o inexperiente Tenente Martinez a exercer seu e tirar todos inteiros, sobretudo os civis barricados no departamento de polícia de L.A., da zona de bombardeiro em 3 horas, que tentará varrer as forças alienígenas aproveitando-se do domínio do espaço aéreo.Martinez não sabe lidar com a pressão que o novo inimigo impõe. Um inimigo que resiste a rajadas de 5.56x45 mm NATO.
- Uma parcela razoável de informações sobre o inimigo pode ser obtida no site viral do filme -
Não demora muito para a cidade dos anjos ficar reduzida a um monte de escombros, como uma paisagem médio-oriental,
Los Angeles entra em ebulição enquanto cai nas garras extraterrestres.
O grande e generalizado caos de tiros e explosões parece ter a plasticidade das fascinantes cenas de batalha do filme anglo-americano "Filhos da Esperança"(2006), do diretor mexicano Alfonso Cuarón(de "O Labirinto de Fauno"), basedo no romance de mesmo nome do escritor inglês P. D. James , publicado em 1992.
A cinética da guerra em Filhos da Esperança de Cuarón foram inspiradas no grandioso filme de guerra italiano "A Batalha de Argel" (La Battaglia di Algeri,1966).

Voltando a L.A., o tenso cerco da delegacia, em que a 2/5 encontra os cinco civis em meio aos corpos sem vida da força policial da cidade, tem a interessante vivissecção do alienígena encontrado inconsciente, sob supervisão da veterinária Michele(Bridget Moynahan, de "Eu, Robô"),
para achar seu ponto fraco sem esgotar o que lhes resta de munição, enquanto tentam segurar as forças alienígenas do lado de fora do prédio com granadas de M203. Entrementes, a chegada da Sargento da Inteligência Técnica da 40 ª Divisão de Infantaria da Força Aérea, Elena Santos (Michelle Rodriguez, de Machete) que rastreava emissões de um grande centro de controle das criaturas.
A insegurança é uma grande constante em Batalha de Los Angeles, o grupo de fuzileiros parece sempre estar em meio a uma emboscada, por esta razão não chega a ser surpresa o letal ataque ao transporte de feridos e o subseqüente isolamento da 2/5 e os cinco civis,
ainda mais vindo de um adversário que, como diz o observador da TV - um subterfúgio muito bem utilizado a guisa de esclarecimento na estória, embora a de cair no didatismo - , quer colonizar a Terra, obliterando tudo em seu caminho, sem prisioneiros e nenhuma clemência .
O ataque ao transporte de feridos é o primeiro vislumbre das unidades aéreas alienígenas, que logo tiram a vantagem aérea das forças da Terra, dominando os céus e visto em detalhes nas nervosas cenas do ônibus.
As máquinas voadoras, que pelo corajoso ataque furtivo de Nantz, se revelam como armas aéreas não tripuladas,
máquinas rastreadoras de sinais de rádio que obrigam a 2/5 ao isolamento de comunicação, já haviam sido vistas em um segmento da publicidade viral do filme, um vídeo postado no YouTube e tratado como uma avistagem de OVNI no espaço aéreo de Los Angeles. O grupo de civis é outro ponto alto da película, eles complementam o insight do inicio do filme com os fuzileiros navais, em especial o zeloso pai Joe Rincon(Michael Peña, de "Buffalo Soldiers") e seu corajoso filho Hector(Bryce Cass, de pequenas participações em séries como "The Guardian" e "Plantão Médico").
Sob as cerradas e realistas saraivadas de tiros que não se sabem de onde vem, assim como o inimigo, - dando a Batalha de Los Angeles o parentesco mais com filmes de guerra como "Falcão Negro em Perigo"(Black Hawk Down, 2001), de Rydley Scott,
, as agéis cenas com a infantaria sob o fundo de ruínas, Batalha de Los Angeles é quase um Falcão Negro menos denso e em primeira pessoa. A redefinição da visão da guerra cinematográfica de "O Resgate do Soldado Ryan"(Saving Private Ryan, 1998), de Steven Spielberg, também parece contribuir -.
Não é certo dizer que Invasão do Mundo seja um empreendimento de completa originalidade, como o sacrifício do Tenente Rodriguez para dar algum tempo para a fuga do que sobrou do batalhão e dos civis remanescentes sob o incessante fogo do inimigo imparável ,
jogando- o no contexto da ficção científica com militares, - tecnicamente falando são poucas as obras que retratam o ponto de vista de quem é mandado para defender -
remete as heróicas mortes dos soldados Jenette Vasquez(Jenette Goldstein) e Mark Drake(Mark Rolston), no filme "Aliens: O Resgate"(Aliens, 1986), de James Cameron(Exterminador do Futuro).
Na parte didática do filme, as emissões de TV,Uma enorme nave chega para roubar a água do planeta, dita por ele, a Terra é a única fonte de água em estado líquido no universo conhecido , não se tratam de extraterrestres arredios a água como os de tez camaleônica do talentoso diretor indiano M. Night Shyamalan em seu "Sinais"(Signs, 2002).
A água da Terra é motivo de cobiça em muitas mídias, entre elas pode-se destacar o episódio "O Ataque do Mutilor"(When Strikes Mutilor, 1994), escrito por Lance Falk e com direção de Robert Alvarez para a realidade felina da série animada "SWAT Cats"(SWAT Kats: The Radical Squadron, 1993-1995, 30 episódios, 3 deles não terminados e dois nunca produzidos), criação de Christian Tremblay(de Loonatics) para a Hanna-Barbera.

No episódio, o vilão Mutilor vende água do planeta para uma raça de seres dependentes dela. Mutilor usurpa a água em uma nave roubada da espécie Aquians, uma raça de alienígenas pacíficos. Mutilor é um pirata do espaço tem planos para sugar o planeta e deixá-lo perecer seco.
Em meio as esperanças de vitória e sobrevivência se despedaçando no tempo se esvaindo até o cair das bombas, não chega a surpreender quando o bombardeiro, ele mesmo uma esperança,
não ocorre, e a ansiada salvação da chegada ao F.O.B seja apenas para recolher munição que os mortos não irão usar, além de deixar um bravo civil morrer com um pouco mais de conforto.O que vem em mente nesta seqüencia é o ataque a base de El Toro,
no blockbuster, cópia de Guerra dos Mundos, "Independence Day"(1996), do alemão sem criatividade, Roland Emmerich.Embora as forças conquistadoras alienígenas possam cobrir distancias além do imaginável, e sejam aprimorados por uma complexa biotecnologia, ao menos a tecnologia de combate deles não parece milênios distante da nossa, projéteis e mísseis.
Tal fato parece remeter a série de livros "Worldwar"(1994-1996, 4 volumes) e a trilogia "Colonization"(1999-2001), do novelista mestre da realidade alternativa Harry Turtledove, onde o invasor, chamado apenas de "Race" que ataca em meio a Segunda Grande Guerra com um aparato não muito distante de nossa própria tecnologia de inicio de século XXI.
Na saga alternativa de Turtledove, os aliens reptlianos enviaram uma sonda a Terra do século XII, para enfim atacarem na primeira metade do século XX, surpreendendo-se pelas defesas das nações do planeta poderem contar com mais do que cruzados com espadas em suas montarias.
Pela campanha publicitária de Batalha de Los Angeles, os alienígenas não cometem o erro dos de Turtledove, o monitoramento da Terra é constante,
incluindo até mesmo o evento ufológico presenciado por mais de 100.000 pessoas, conhecido como "A Batalha de Los Angeles" (Battle of Los Angeles) , incidente ocorrido na noite de 24 para 25 de Fevereiro de 1942 , em que forças militares abriram fogo contra um objeto voador não identificado( possivelmente apenas uma confusão relacionada com a psicose pós o ataque japonês em Pearl Harbor) , que pela versão apresentada no filme seria uma das incursões de reconhecimento extraterrestre.
Evento que também foi explorado pelo filme, direto para o mercado de vídeo, "Battle of Los Angeles"(2011), com direção de Mark Atkins(de "2012: Supernova") , com uma premissa similar a Independence Day(que já não era original) e que usa imagens de "Guerra dos Mundos 2 "(War of the Worlds 2: The Next Wave, 2008) para compor seu trailer.
O acontecimento também é visto satiricamente, e sem efeito ufológico e usando da tese da psicose coletiva, em "1941 - Uma Guerra Muito Louca"(1941, 1979), de Steven Spielberg(Contatos Imediatos de Terceiro Grau).

Voltando ao filme de Liebesman,com o resgate de civis, a clara derrota pela supremacia dos céus, vem a informação de que Los Angeles está perdida,
A cidade é um dos campos de batalha que afloram pelo globo, poderiam ter mostrado qualquer uma das forças de resistência da Terra, mas esse é o front escolhido,
por esta razão, é de se esperar que algo especial, que o difere dos outros locais atacados pelas forças colonizadoras, não é mesmo para ser uma surpresa, mas funciona razoavelmente.
A busca e inserção no centro de controle dos drones alienígenas, não apresenta nada demais, fora a tensão que permeia a película, mesmo o apoio que Nantz recebe do restante de seu grupo é esperado, fato que só fica enojantemente piegas graças a trilha sonora enfadonha e mal conduzida(uma das pedras da crítica que deixo voar), mas é compensado pela infiltração no refúgio do controle das máquinas aliens, que mesmo menos enérgicas, não perde o gigantismo de ação em seu combate subsequente .
Particularmente considerei muito bem conduzida a escaramuça para destruição do centro de controle, que se ergue do solo, com a 2/5 resistindo ao fogo inimigo para manter os misséis da artilharia guiada em sua marcação de laser.
Com a queda das máquinas alienígenas e os seres forçados a retroceder sob os tiros dos últimos projéteis da 2/5, a qual Nantz conseguiu honrar o lema de nunca se render.
Logo após, a equipe é extraída a uma base temporária no deserto de Mojave, bem recebidos por sua bravura excepcional e com o novo alento de serem a inspiração para os combatentes de toda a Terra, que reproduzirão sua estratégia com os centros de controle locais.A seqüencia a qual Nantz recusa o merecido descanso e re-municia os carregadores de sua M4A1 para voltar a luta, são quase as mesmas de Falcão Negro em Perigo, sobretudo a que envolve o também Sargento, este de Primeira Clasee, Hoot(interpretado por Eric Bana), porém, sem discurso.
Mais forças estão sendo enviados para recuperar Los Angeles e acabar com os alienígenas, o filme se encerra sem uma vitória completa e definitiva, mas com uma promessa de uma gloriosa retomada pela iniciativa humana,o mesmo da adaptação "Tropas Estelares"(Starship Troopers, 1997), do tealentoso diretor holandês, Paul Verhoeven - que alias usava muito o recurso das telas de TV como uma informativa e bem, sucedida meta-linguagem em Tropas Estelares e em Robocop -, confesso que esperava que o final de Batalha de Los Angeles também fosse uma propaganda de alistamento, só faltou a esplêndida trilha sonora de Basil Poledouris(1945-2006), que seria bem melhor que a horrível música de Brian Tyler(o mesmo de "Os Mercenários").
depois de todo o clima de insegurança, uma palpável sensação de que não há para onde correr de que você vai ser explodido segundos antes que o próprio mundo, Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles se encerra sem reinventar o gênero da ficção de invasão e sem revelar nada de novo sobre a condição humana. Batalha de Los Angeles tem êxito por sua simples fórmula: fornecer duas horas contínuas de luta desesperada, que pode ser resumida a equação unhas+dentes+granadas. É um filme que Michael Bay faria se tivesse sido abençoado com o dom da narrativa e está distante de sua propaganda militarista de ssuas adaptações para "Transformers".
É o caso, para os mais impressionáveis, de ler o não-ficção "An Introduction to Planetary Defense: A Study of Modern Warfare Applied to Extra-terrestrial Invasion"(um estudo extremamente sério sobre como defender a Terra de uma potencial excursão alienígena lançado em 2006), de Travis S. Taylor e ficar atento aos sinais.
Sobre a principal crítica a obra, de que não passa de um folheto abusadamente patriota, digo que os fuzileiros são patriotas sim, se alguém empenhado em defender seu país não o for ninguém o é. Tão patriotas como qualquer soldado de qualquer nação da Terra.
Até mais e que a força esteja com você.

Dedicado aos irmãos Schell e Bier,
Semper Fi.